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domingo, 19 de junho de 2011

quarta-feira, 16 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

Soneto de Fidelidade



De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.


Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento


E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes

O sentido da vida

O sentido da vida esta, nas diferenças
Na forma de aceitar, conviver e amar
Sem questionar o que lhe é diferente.

A beleza da vida esta em ser, diferente
Em ver que cada diferença é parte, de um todo
Que cada ser tem seu espaço, e que esse espaço
Nunca é o mesmo, pois vemos sempre diferente.

A razão de viver esta em sentir, que cada olhar
Diz algo que a boca nem sempre fala, e cala.

O sentido da vida esta em, ser você
Em aceitar, que temos limitações...
E ainda, assim, podemos voar.
Mara Roubert
Publicado no Recanto das Letras em 21/08/2009
Código do texto: T1765488
Borboletas

Percebo que o tempo já não passa
Você diz que não tem graça amar assim
Foi tudo tão bonito, mas voou pro infinito
Parecido com borboletas de um jardim


Agora você volta
E balança o que eu sentia por outro alguém
Dividido entre dois mundos
Sei que estou amando, mas ainda não sei quem


[refrão]
Não sei dizer o que mudou
Mas, nada está igual
Numa noite estranha a gente se estranha e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu


Percebo que o tempo já não passa
Você diz que não tem graça amar assim
Foi tudo tão bonito, mas voou pro infinito
Parecido com borboletas de um jardim


Agora você volta
E balança o que eu sentia por outro alguém
Dividido entre dois mundos,
Sei que estou amando, mas ainda não sei quem


[refrão]
Não sei dizer o que mudou
Mas, nada está igual
Numa noite estranha a gente se estranha e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu


[refrão]
Não sei dizer o que mudou
Mas nada está igual
Numa noite estranha a gente se estranha e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu


Sempre voltam
E o seu jardim sou eu.

Victor e Leo

Noturno
"Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...

Como um canto longínquo – triste e lento –
Que voga e sutilmente se insinua,
Sobre o meu coração, que tumultua,
Tu vertes pouco a pouco o esquecimento...

A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando, entre visões, o eterno Bem.

E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Gênio da Noite, e mais ninguém!
"

Antero de Quental.


Patricia e a macieira.

 No jardim de infância, em um lindo dia ameno de primavera, na hora do recreio, a barriga de Patricia roncou, então, em sua lancheira procurou, procurou e nada encontrou
Ficou tentando imaginar o que aconteceu com seu lanchinho tão gostosinho
Que ali devia estar, mas não estava e Patricia, começou a chorar.
Num instante, uma voz bem baixinha, Patricia escutou...
- Não fique triste! Não chore!
Patricia ao tentar descobrir de onde vinha a voz, notou que estava no jardim
Nem se deu conta que, procurando na lancheira, seu lanchinho, andou e andou
Então Patricia a voz perguntou...
- Quem é você? Foi você quem pegou o meu lanchinho?
A voz então respondeu...
- Não. Não peguei o seu lanchinho, ele fugiu de você
Patricia assustada perguntou...
- Como? Meu lanchinho não tinha pernas, era uma gostosa maçãzinha que minha mamãe lavou bem lavadinha, embrulhou em um lencinho e colocou na lancheirinha.
Foi nesse instante que Patricia viu seu lencinho em uma graminha bem pertinho de uma linda árvore. Patricia se aproximou e o lencinho pegou, como nada entendia, perguntou...
- Quem é você? Por que não te vejo? Como meu lencinho aqui veio parar?
A voz então respondeu... - Linda menina, olha! Estou aqui bem na sua frente!
Patricia olhou, olhou e ninguém viu. Aí falou irritada...
- Pare de brincar! Não vejo ninguém.
A voz finalmente se identificou.
- Sou eu aqui a árvore quem contigo fala Patricia, e se olhar, ali bem adiante vai ver um buraquinho no gramado, e lá dentro o seu lanchinho, mas antes de pega-lo pense bem Patricia, pois seu lanchinho veio até aqui porque, deseja em uma bela árvore se tornar. Patricia olhou, pensou e sua barriguinha roncou.
Ela lembrara então, algo que sua professora de ciências falou, que uma plantinha para bem nascer, precisa de terra, água, Sol e muito amor. Então Patricia a dona árvore, perguntou...
- Dona árvore e se eu comer minha maçazinha e colocar as sementinhas ali no buraco, cobrir com terra, colocar água todos os dias e falar para ela sempre que gosto dela? Ela nasce?
Dona árvore respondeu que sim. Então Patricia assim o fez, todo dia na hora do recreio dava uma passadinha para regar sua amiga sementinha, que foi rapidinho tornando-se plantinha, lindinha e verdinha. E com o crescer da plantinha o tempo foi passando, Patricia uma moçinha se tornando, mas sem saber bem por que, não escutava mais dona planta falar, e foi ficando triste. Até que em um belo dia, sentada entre as duas plantas ouviu uma voz. Seu coração em um salto, de alegria imaginou ser dona árvore a falar, mas qual foi sua surpresa ao ver que era sua linda plantinha quem com ela falava...
- Patricia, minha Patricia, não fique triste, por não ouvir dona árvore falar, ela fala sempre contigo, mas você é quem não entende mais o seu falar...
- Patricia minha amiga você esta crescendo e também não vai mais me escutar, mas entes que isso aconteça quero te agradecer, e falar, o tempo vai passar não fique triste com isso é assim que tem que ser, mas lembre-se amiguinha tão amada sempre que ouvir o vento passar, junto dele minha voz vai estar, falando pra você todos os dias que te amo, mesmo que não me entenda, ainda assim, vou estar te falando.
Patricia olhando para sua amiga árvore. Falou...
- Sempre irei te ouvir, pois agora entendo. Posso ver e sentir cada carinho seu por mim. Através das folhas, que caem com o vento, e toca minha pele, das flores lindas que vejo, em seus galhos, me faz feliz, as frutas tão docinhas, que matando minha fome, o frescor que sinto, ao me sentar em sua sombra, tudo isso e muito mais, me faz ver e sentir que você me ama, e estará sempre aqui, esperando por mim.
Nesse instante, o vento ameno de primavera soprou.
Patricia a sua amiga árvore abraçou e falou...
- Amiga macieira linda e faceira, saiba linda macieira para sempre, irei te amar.
Dito e feito, os anos se passaram. Patricia casou-se, seus filhos nasceram e ela envelheceu.
Em um lindo dia ameno de primavera, desejou como em tantos outros dias, na sombra da macieira deitar e descansar e descansou... Sua amiga, com lagrimas em forma de folhas e flores a cobriu, a partir desse instante as duas em uma, se tornou.

Mara Roubert
Publicado no Recanto das Letras em 19/08/2009
Código do texto: T1762987

Para sempre irei Te Amar (Atóbar)

 

Voar pelo céu azul, com a segurança de a terra poder voltar
Voar e voar, sem ter a preocupação de a qualquer ser desgostar
Voar livre, pedindo ao vento que aceite o meu voar
Voar e não mais voltar, restando à certeza de no mar confiar

E quando, o cansaço chegar a cada bóia poder descansar
Voar e o infinito conhecer, sem barreiras a vida ir vivendo
Não por viver, mas com a felicidade de em cada dia ver...
O alvorecer, sentindo o desejo crescente de viver e viver

Voar olhando, lá de cima, o infinito azul do mar
Em seu vai e vem de ondas delicadas e majestosas
Voar e num repente de desejo incontido, eu lindo Atobá
Lá do céu, mergulhar rompendo a calma do mar.



Obs. Poema feito, para um lindo, forte e jovem Atobá, que encontrei agonizando, na praia de São Bento, Ilha do Governador-RJ. Por uma paulada, desferida por um idiota que não entende o valor da vida e menos ainda, o que é sentir a dor do outro. Tive o privilegio de partilhar de seus últimos momentos e mesmo sendo um momento muito triste... Foi também, um dos mais lindos em minha vida, pois quando olhei nos olhos dele, parou de se debater, ficou me olhando, até seu brilho acabar.

Atobá, meu lindo Atobá... Para sempre irei te amar.

Mara Roubert
Publicado no Recanto das Letras em 13/08/2009
Código do texto: T1752379
 Patricia 
 
P resente do criador
A mor que encanta meus dias
T esouro que eu não merecia
R iqueza de gentileza
I ris de luz na escuridão
C arinho e candura de beleza
I deais de lealdade e justiça
A mada menina mulher, filha minha


R ezo a Deus por ti, linda filha que,
O lhe com carinho sua jornada, promovendo
U ma vida tranqüila e feliz, pois você
B usca promover paz entre todos
E xemplo de pessoa de luz
R iqueza de simplicidade por natureza
T e amo filha linda de coração.




Mara Roubert
Publicado no Recanto das Letras em 11/11/2009
Código do texto: T1916928